sexta-feira, 31 de outubro de 2014

ALTO PARAÍSO DE GOÍAS - GO ( CHAPADA DOS VEADEIROS )



ALTO PARAISO DE GOÍAS ( CHAPADA DOS VEADEIROS )


Uma das coisas mais normais é me fazerem a seguinte pergunta: “Você conhece a Chapada dos Veadeiros?”. Respondo que sim e no quesito localização a resposta satisfaz o interlocutor que já passa a perguntar a respeito da beleza e bom astral do local. É muito difícil alguém perguntar “Você conhece Alto Paraíso?”, que na verdade é o que ele quer saber.

Então vamos esclarecer os fatos, Alto Paraíso de Goiás é um município localizado no Nordeste do Estado de Goiás, que junto a outros formam a Chapada dos Veadeiros. Ocorre que Alto Paraíso é o local com melhor estrutura turística, inclusive a entrada para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros fica no local, então na maioria das situações as viagens são destinadas para lá e a partir dali se visitam os outros municípios que compõe a Chapada dos Veadeiros, como por exemplo, Cavalcante.

Alto Paraiso está localizada a 230 quilômetros de Brasília e a cerca de 420 quilômetros de Goiânia-GO , possui uma altitude de aproximadamente 1300 metros, e ali está localizado o ponto mais alto do planalto central e da região centro-oeste. De acordo com o IBGE sua população está estimada em aproximadamente 6.900 habitantes.

Reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, a cidade recebe turistas de todo o mundo, que são atraídos pela beleza do lugar, isto além do misticismo que paira no ar, já que Alto Paraíso é reconhecido como um lugar mágico e muita gente busca ali refugio espiritual, no intuito de se interiorizar, seja durante período de férias ou mesmo morar no local.

Eu encaro o lugar como uma cidade muito tranquila para descansar, curtir a natureza, enfim, relaxar em meio a exuberante natureza, que ali desabrocha com toda sua força. Deste modo vou focar na questão turística, que é a finalidade do post. Se você se interessa por misticismo, chegando ali não faltará quem lhe oriente a respeito.

A rede hoteleira é composta por vários hotéis, pousadas e campings os quais por ocasião de férias e feriados tem sua capacidade esgotada, recomendo visitar a cidade, se possível for, em períodos mais tranquilos.

Monumento em uma das entradas da cidade de Alto Paraíso

A Historia

A região da Chapada dos Veadeiros surgiu com a fundação de Cavalcante em 1740, ocasionada pelo inicio do ciclo da mineração, a região anteriormente era habitada por indígenas.

Nessa época Alto Paraiso de Goiás, era um o povoado chamado de Veadeiros e pertencia a Cavalcante, ali foi desenvolvida a agricultura e a pecuária para atender as necessidades dos moradores de Cavalcante.

Veadeiros ganha sua emancipação em 1953 e desliga-se de Cavalcante, subindo à categoria de município, sendo que passa a ser chamada de Alto Paraíso de Goiás, após 10 anos.

Em 1981 iniciam-se as obras do Projeto Paraíso, com subsidio do governo estadual, destinado a transformar a Chapada dos Veadeiros em polo turístico, o que foi impulsionado pela criação da rodovia e outras obras voltadas ao desenvolvimento local.

Atualmente o turismo é uma das principais atividades econômicas da cidade.

Alto Paraíso abriga o Distrito de São Jorge, localizado a 36 km, que é o portal de entrada ao Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O povoado é uma antiga vila de garimpeiros do início do século XX, que hoje a exemplo de Alto Paraíso tem como atividade principal o ecoturismo.

Alguns anos atrás conheci Alto Paraíso em uma viagem de férias, onde fiquei ali uma semana. Conheci vários pontos da região, no entanto os 7 dias não foram suficiente para esgota-los. Desde que vim morar em Brasília, estava programando uma viagem de retorno à cidade, mas só agora isto foi possível. De modo, que fui passar um final de semana para rever e explorar um pouco mais a cidade.
Você pode ir a Alto Paraíso por conta própria ou por meio de agências de turismo que montam tours especiais para lá.

Nas duas vezes que estive na cidade optei em adquirir os tours oferecidos pelas agências, já que não queria me preocupar com nada, ou seja, bastou estar em Brasília e tudo foi providenciado pela agência.

A agência que utilizei desta fez foi a ECO ROTAS, eles são muito atenciosos e oferecem um serviço de qualidade, além de terem diversas opções de passeios, isto você pode ver no site deles ( clique aqui ). Para reservas enviar e-mail para reservas@ecorotas.com.br

Na última viagem comprei o pacote para final de semana, onde está incluído o traslado Brasília/Alto Paraiso/Brasília, hospedagem em pousada de acordo com a opção escolhida pelo cliente, seguro-viagem e passeios para os dois dias com guia, transporte e kit lanche incluso. O preço é justo pelo conforto que oferecem. Eles também possuem outros pacotes e serviços, inclusive pousada própria.

Gostei da pousada deles e quando retornar ficarei por lá, já que é localizada na área central, o que facilita bastante a estadia.

Fiquei hospedado na Pousada Casa Rosa, um local muito bonito, atendimento ótimo, enfim um espaço ideal para se descansar. Você poderá conhecer um pouco dela acessando o site (clique aqui) .

Pousada Casa Rosa

Jardim da Pousada Casa Rosa

Jardim da Pousada Casa Rosa


Nos dois dias que estive em Alto Paraiso, conheci uma das trilhas do Parque Nacional e no dia seguinte fiz um outro passeio que incluiu quedas d’água na Fazenda São Bento.

Vou falar um pouco sobre estes passeios.

SÁBADO

Às 9hs o guia passou na pousada e junto com mais um casal seguimos para o distrito de São Jorge, que está a 36 quilômetros de Alto Paraiso e é ali que fica a entrada principal para o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros.

No caminho paramos para uma foto panorâmica e apreciação do Jardim de Maitreya e do Morro da Baleia.

JARDIM DE MAITREYA - No meio da vegetação do cerrado, o Jardim de Maitreya se destaca pela harmonia existente entre as árvores ali nasceram e o colorido mutável de acordo com as estações. Isto faz com que seja um prazer parar por ali e ficar contemplando o quanto a natureza é caprichosa. Ele faz parte do Parque Nacional da Chapado dos Veadeiros, e só pode ser admirado, no mirante que está à margem da estrada que liga Alto Paraíso e São Jorge, a cerca de 12 km de Alto Paraíso.

Jardim de Maitreya

Jardim de Maitreya


MORRO DA BALEIA - Eu nunca tinha reparado no Morro da Baleia, não sei se sou muito sugestionado para algumas coisas, mas eu notei claramente a silhueta do cetáceo, tem gente que diz que não viu semelhança alguma. Sei lá, então divulgo uma foto e você verá por si mesmo, se há ou não uma silhueta de baleia na formação rochosa. O mirante para apreciar esta paisagem é o mesmo do Jardim de Maitreya.

Morro da Baleia

Na sequencia seguimos para São Jorge. Mesmo passado tantos anos desde minha primeira estada em Alto Paraiso, sempre me admira o quanto São Jorge com suas ruazinhas de terra mantém sua característica de vilinha bem simpática e aconchegante. Ela é muito colorida e parece que todo mundo que reside ou tem comércio por ali é muito zen. Talvez em um breve período isto mude um pouco, pois começaram as obras para pavimentação da vila, e a estrada que liga Alto Paraiso a São Jorge, está com obras bem adiantadas no que diz respeito a duplicação e modernização da via de acesso.

São Jorge - entrada do distrito


São Jorge

São Jorge


São Jorge

Após um curto trecho, desde a entrada de São Jorge, chegamos à portaria do PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS VEADEIROS ( clique aqui), onde nos restou a difícil tarefa de decidir qual das duas trilhas que iriamos realizar: a Trilha dos Saltos ou a Trilha dos Cânions.

• Trilha dos Santos – composta pelos Saltos do Rio Preto e Corredeiras
• Trilha dos Cânions – composta pelo Cânion I, Cânion II e Cachoeira Cariocas

Você me pergunta se é possível fazer as duas, e te digo que sim, isto desde que você esteja com disposição e preparação física para enfrenta-las, pois uma delas tem cerca de 11 quilômetros ( ida e volta) e a outra em torno de 9 quilômetros ( ida e volta). Você pode ver os detalhes no folder disponível no site do parque nacional. ( clique aqui )

Nós optamos em fazer a Trilha do Cânions, olha que foi difícil, mas conseguimos. No final realmente valeu a pena.

Não é obrigatório o acompanhamento de guia durante a trilha, mas se você quiser, há vários guias freelances que ficam na portaria à disposição para quem quer este tipo de serviço, basta acertar o pagamento com eles. Nós como já tínhamos o guia da agência, estávamos tranquilos a respeito.

Se você quer somente caminhar e não se importa com informações sobre vegetação, animais, insetos, curiosidades, história do local, etc. Tudo bem, vale a pena fazer a caminhada por conta. Mas em minha opinião eu recomendo sempre ir com um guia local, pois a quantidade de informações que eles nos passam sobre os temas que citei anteriormente é grande o que enriquece o passeio, e também nos dão dicas de ótimos ângulos para fotografias, o que se estivéssemos sozinhos não teríamos a percepção para aproveitar o momento. Sem contar que em caso de algum acidente/imprevisto eles são treinados para oferecem todo o apoio necessário.

Eu gosto de passeio com uma pitada de aventura, mas só se for com a presença de um guia, do contrário estou fora. Por isto, dificilmente eu dispenso os serviços de um guia, inclusive em passeios ecológicos.

Seguimos direto para o Cânion II, já que devido a seca o Cânion I não estava aberto. Fizemos todo o trajeto de ida, cerca de 6 quilômetros, somente com uma parada de 5 ou 10 minutos para descanso.

Durante a trilha avistamos diversas plantas e flores do cerrado, algumas delas fotografei e monstro a seguir:

Camdonba

Cristais espalhados na trilha do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros

Cristais espalhados na trilha do Parque Nacional Chapada dos Veadeiros


Trilha no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros


Chuveirinho

Flôr da camdonba

Mimosa

CÂNION II - Chegando lá, a vista é maravilhosa. O local oferece um poço para banho, tanto para quem nada como para quem não sabe nadar, de modo que há oportunidade para todos que queiram desfrutar de um gostoso banho de água fria, indispensável diante daquele calor terrível que faz por lá nesta época do ano.

Cânion II

Cânion II

Cânion II

Cânion II

Cânion II

Cânion II

Depois de banhar-nos e comermos o kit lanche (naquele momento “Ô coisa boa!!!”...rs.rs..), começamos a trilha de retorno com um pequeno desvio para conhecer a Cachoeira Cariocas.

CACHOEIRA CARIOCAS – Esta cachoeira além de belíssima, ainda oferece vários excelentes pontos para banho, ou seja, vários tipos de poços.

Os mais corajosos, até seguem para o verdadeiro banho de cachoeira, eu me contentei com um banho na “ponta” da cachoeira.

Nas Cariocas, ficamos um bom tempo curtindo a beleza do local e experimentando todos os poços para banho, foi muito bom.... Só não dava para pensar, na longa trilha de retorno que tínhamos à frente.

Descida para a Cachoeira Cariocas

Cachoeira Cariocas

Cachoeira Cariocas

Chegada a hora de partida, seguimos trilha a fora e novamente somente uma parada de uns 5 minutos, para que em um lance quase único retornássemos à portaria do parque.

Foi duro, pois o retorno possui várias subidas, mas chegamos sãos e salvos.

Isto foi por volta de 16 horas, então seguimos para o “centro” de São Jorge, onde almoçamos uma comidinha bem caseira no Restaurante da Nenzinha. Não sei se era pelo cansaço da trilha, mas gente que comida boa, eu fui de bife acebolado, aquele que só nossas mães e avós sabem fazer. Que coisa boa.

Dei uma voltinha rápida, próxima ao restaurante, e vi uma lojinha de artesanato com muitas peças lindas. Se você passar por lá não deixe de dar uma olhada nas peças à venda, inclusive as luminárias que são bem diferentes e criativas. É o ATELIER ILUMINARTE, você pode dar uma olhada pelo Facebook.com/atelieriluminarte.

Atelier Iluminarte - São Jorge

Após devidamente alimentados e relaxados, seguimos viagem de retorno para Alto Paraiso.

A noite recolhi o que restava de mim, pois a sensação de ter sido passado em uma máquina de moer carne, era grande, e fui ao centrinho de Alto Paraiso para jantar, melhor dizendo, fui para a avenida principal.

O movimento é bem tranquilo. Disseram-me que fora o período de férias, feriados ou quando há algum grande evento, o clima é sempre tranquilo.

DOMINGO

Novamente por volta das 9 hs o guia veio me pegar na pousada e seguimos para o passeio do dia, que seria no âmbito da Fazenda São Bento, onde estão as Cachoeiras Almécegas I e II e a Cachoeira São Bento.

A Fazenda São Bento está próxima a Alto Paraiso, cerca de 8 quilômetros, então chegando ali, estacionamos o veículo e já iniciamos a caminhada pelas trilhas que levam às citadas cachoeiras.

Não é uma trilha tão puxada, mas como estava detonado por causa do dia anterior, no inicio foi um pouco complicada a questão do esforço, mas depois de aquecido, tudo fluiu normalmente.

CACHOEIRA ALMÉCEGAS I - A visita a Almécegas I é muito interessante, pois você chega por cima da cachoeira, e tem a primeira visão ao contrário, ou seja, vê a queda de cima para baixo.

A cachoeira tem 45 metros de queda, e na medida que a água vai descendo espalha-se sobre as rochas, formando uma cortina de água, embelezando ainda mais o local. Ali é praticado o “cachoeirismo” (que consiste em descida de rapel pelo leito da queda d’água), oferecido pelas agências de turismo da cidade. O local é lindo e a natureza exuberante, demos uma volta rápida na parte de cima e seguimos trilha abaixo para chegar ao “pé” da cachoeira, aproveitando que haviam poucas pessoas na parte de baixo, cujo espaço é menor.

A queda d’água desagua em um poço lindo e convidativo ao banho, mas como era cedo e o local não recebe sol pleno, a água estava um gelo, mas mesmo assim não perdi a oportunidade de um tchibum...

Depois retornamos para a parte de cima, onde há um local ótimo para banho e por ali ficamos um bocado de tempo.

Cachoeira Almécegas I - parte de cima

Cachoeira Almécegas I

Cachoeira Almécegas I

Cachoeira Almécegas I

Refeito do cansaço causado pela caminhada (eu pois o guia estava muito bem...), seguimos em direção a Cachoeira Almécegas II.

Bicho Pau - na trilha para a Cachoeira Almécegas II

Buritis - na trilha para a Cachoeira Almécegas II

Buritis - na trilha para a Cachoeira Almécegas II

CACHOEIRA ALMÉCEGAS II – Esta cachoeira apesar de ser menor, possui 15 metros de queda, oferece uma área para banhos ótima, a qual é formada por um lajedão que fica dentro da água. Muito legal.

Logo na chegada apareceu uma cobrinha, o povo que estava lá correu, o guia espantou a bichinha, ai passado um tempo começaram a entrar na água novamente, eu medroso como sou, esperei um pouco mais, até que resolvi entrar na água. Coisa boa!!!

Como a área desta cachoeira recebe sol pleno, a temperatura da água era ideal para aquele dia tão quente. Também é possível sentar-se no meio da cachoeira e ficar ali curtindo o efeito da água. Muito bom.....

Cachoeira Almécegas II

Aproveitei e comi meu kit lanche, e após descansarmos um bocado, já refeitos para a próxima etapa, retomamos a trilha de retorno, onde chegamos à entrada da Fazenda e dali, seguindo para a esquerda onde está a Cachoeira São Bento.

CACHOEIRA SÃO BENTO - A cachoeira é formada por uma queda de 6 metros, que desagua em uma grande piscina natural. Esta piscina é ótima para mergulhos e natação e a extensão é tão grande, que a utilizam para realizar campeonatos de polo aquático. É um local bastante frequentado, devido a facilidade de acesso à cachoeira.

Cachoeira São Bento

Cachoeira São Bento

Dali seguimos sentido São Jorge, e fomos almoçar em um local, muito típico o Rancho do Valdomiro. Ele faz um prato conhecido como Matula, que é composto por um Tutu de Feijão, feito com três tipos de carnes desfiadas (carne de sol, carne de lata (frita) e linguiça caseira) servido na folha de bananeira, e tem como acompanhamento paçoca de carne de sol, mandioca frita , arroz, abóbora, salada de tomate e carne de lata (frita).

Rancho do Valdomiro

Matula + acompanhamentos

Matula + acompanhamentos

Seu Valdomiro, muito simpático, vem receber os clientes quando saltamos dos veículos, nos leva para dentro do restaurante que é instalado em um rancho de madeira coberto com palha de buriti, que ele mesmo trança e restaura quando necessário.

O ambiente é simples, mas muito aconchegante. Além da Matula , serve galinha caipira ( a pedido ) e também vende doces e licores/cachaças.

Há uma mesa com todos os tipos de licores/cachaças onde você pode degusta-los à vontade, por conta da casa.

Há dois tipos de serviço que são: Comercial (servido à vontade) e Prato Feito. Optei pelo Prato Feito, que estava ótimo e a quantidade é mais que suficiente para uma pessoa, eu não consegui comer tudo. A única coisa chata é que no PF a Matula não vem na folha de bananeira, mas só isto de diferente, afinal a gente nem come a folha de bananeira, nem sei por que estou reclamando....rs.rs.rs....

Eu detonando minha Matula...

Bom saí de dá rolando de tanto comer, ai o guia deu uma “palhinha” no passeio, ou seja, me levou para conhecer uma mina de cristais de um amigo dele, que ficava no caminho para Alto Paraiso. Na verdade, como estávamos com o tempo curto somente entramos no caminho para a mina, que fica na beira da estrada e bastou, pois ali mesmo se vê uma quantidade enorme de cristais, misturados à terra, areia e pedras do caminho.

No inicio a gente não enxerga os cristais, mas quando ele começou a me mostrar alguns, em seguida já comecei a “garimpar” e aí foi incrível avistar a olho nu uma quantidade enorme de cristais, avistei até algumas pequenas drusas (aquele aglomerado de cristais em forma pontas). Que diferente e bacana foi o fechamento deste passeio!

De retorno à cidade, segui direto para a Eco Rotas, onde havia horário agendado para o retorno a Brasília. Eles muito atenciosos, me ofereceram um local para tomar um banho e segui limpo e refrescado para a viagem de volta.

Realmente, foi um período curtíssimo em Alto Paraiso, porém foi excelente, devido a hospitalidade do pessoal da Eco Rotas, da Pousada e principalmente dos guias Wilson e Fabiano, os quais me passaram muitas informações e propiciaram momentos de lazer/conhecimento incríveis.

Eu deixo o contato deles aqui, caso você vá a Alto Paraiso, e quiser contratar os serviços de um guia, recomendo os dois.

Wilson Ryan – email: wilsonryan2009@hotmail.com – celular 62-9946 2989 e 62-8115 6842
Fabiano Selva – email: naturezazem@gmail.com – celular 62-9969 2554

Serra da Boa Vista

Em uma das praças centrais de Alto Paraiso, há um CAT – Centro de Atendimento Turístico, mas infelizmente eles não possuem um mapa da cidade/arredores para oferecer ao público, como é de praxe neste tipo de serviço. No entanto prestam todas as informações necessárias para que você disfrute a cidade. Eu consegui comprar um mapa na lanchonete da rodoviária.

PARA CHEGAR A ALTO PARAÍSO

De avião - O aeroporto mais próximo é o de Brasília, que fica a 230 quilômetros.
De carro – por Brasília, você deverá acessar a BR-020, na direção de Sobradinho e Planaltina de Goiás e depois pegar a GO-118.
De ônibus – partindo de Brasília a Empresa Real Expresso faz o trecho. Partindo de Goiânia a viação São José do Tocantins.

Bom isto que escrevi e mostrei, é somente uma pequeníssima amostra do que é Alto Paraíso, vou listar algumas das outras atrações existentes, e informações sobre elas você pode obtê-las na internet ou mesmo quando chegar por lá:

• Cachoeira dos Cristais
• Cachoeira Água Fria
• Cachoeira Loquinhas
• Cachoeira Anjos e Arcanjos
• Sertão Zen
• Cachoeira do Poço Encantado
• Cachoeira do Macaquinho
• Vale da Lua
• Cataratas dos Couros
• Cachoeira Raizama
• Cachoeira dos Anões
• Cachoeira do Macaco
• Morada do Sol
• Cachoeira do Segredo
• Cachoeira do Abismo
• Rio das Pedras

Tá bom pra você??.....rs.rs.rs. Uma coisa é certa, se quiser passar vários dias na cidade, não faltarão passeios, inclusive é uma oportunidade de se conhecer outras cidades que compõe a Chapada dos Veadeiros, até porque há tours para cidades como Cavalcante, que também possui atrações com incrível exuberância natural.

Eu em breve deverei retornar a Alto Paraíso e desfrutar um pouco mais das maravilhas que a região oferece.

Um abraço e até o próximo post.

Benevide

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

SUÍÇA - Parte 5 - Zermatt

 ZERMATT

Um pouco confusa a questão de subir aos Alpes Suíços em pleno verão, quando o objetivo é ver neve. Tinha ouvido falar e lido também que era possível ver neve em pleno verão suíço, mas fiquei com aquela desconfiança, “será mesmo?......”.

Lendo aqui, ali e acolá consegui informação de que se fosse a Zermatt com certeza veria neve, então foi para lá que me dirigi em um dia de passeio dedicado a “caça à neve”.

Estando em Zurique, tomei um trem para Visp e lá fiz baldeação em um trem que me levou até Zermatt. A distância é um pouco mais de 160 quilômetros e a duração da viagem em trem com uma baldeação foi cerca de 3hs30min.

Vou fazer um breve relato sobre esta cidadezinha tão pequena e bonitinha, que é a cara dos Alpes Suíços retratados em filmes, fotografias, etc.

Zermatt é famosa pelas atividades de montanhismo e esqui nos Alpes suíços, já que fica em uma região rodeada de picos e montanhas, inclusive as mais famosas do mundo. Até meados do século 19, era uma comunidade predominantemente agrícola. A população local é de aproximadamente 5.800 habitantes, número que pode subir a qualquer momento, já que há uma grande concentração de turistas durante todo o ano. Um dos pilares da economia local é o turismo, que emprega pelo menos a metade da população. O idioma falado ali é o alemão.

A circulação motorizada é proibida, o que preserva sua identidade original, seu acesso é por meio de trem desde Visp, Brig ou Täsch. Você vê circulando um ou outro pequeno veículo elétrico, que são utilizados na prestação de serviços e pelo que li devem possuir licença para trafego.


Zermatt - área central - um dos poucos veículos elétricos

A cidade de Zermatt, é geograficamente pequena, há três ruas principais, as quais são cruzadas por outras ruas, inclusive em torno da estação de trem e da igreja, formando assim o centro de Zermatt. Qualquer deslocamento é feito a pé no máximo em 30 minutos. Várias pequenas aldeias encontram-se localizadas nos vales acima de Zermatt.


Zermatt - área central


Zermatt - área central

Zermatt - área central

Zermat - área central

Zermatt - área central

Dentre as famosas montanhas existentes na região, há a Matterhorn, em cujo sopé Zermatt está localizada, e embora não seja a mais alta da Suíça (possui 4.478 metros) é a mais impressionante, pois devido a sua localização na fronteira suíça-italiana e seu pico de formato piramidal forma uma belíssima vista. Ela se tornou um dos símbolos nacionais. As melhores vistas desta montanha são a partir do centro de Zermatt. A primeira escalada ao topo da montanha ocorreu em 1865. Então uma dos principais objetivos da viagem a Zermatt é avistar a Matterhorn.


Matterhorn - montanha ao fundo
foto:www.myswitzerland.com

Como não poderia ser diferente, um de meus objetivos neste dia de passeio era ver “ao vivo e a cores” a Matterhorn, mas chegando ali me informaram que o dia escolhido para visitar a cidade, não era dos mais propícios, pois a névoa dificilmente permitiria ver a famosa montanha. Mas fiquei firme e forte, na esperança de que eu conseguiria vê-la. Se vi ou não, falarei mais adiante. Vamos criar um suspense.

Em um local em que há neve no verão, desnecessário dizer que no inverno, o atrativo principal da região é o esqui. Então a partir de Zermatt há diversas possibilidades de ascender para os picos e montanhas, com o objetivo de esquiar, por meio de várias opções de trens e teleféricos. Como não tenho conhecimento sobre esta atividade, deixo esta informação aqui, e havendo interesse em esquiar em Zermatt e arredores, você precisará buscar informações precisas a respeito do tema. Eu vou falar somente da minha experiência em visitar Gornergrat.

Durante o verão e outono a região é muito procurada para atividades como caminhadas, ciclismo e excursões ao topo dos Alpes. Os picos com mais de 4.000 metros de altura atraem também os praticantes de alpinismo.

As atrações de destaques na cidade são:

ALPINES MUSEUM (Matterhorn Museum)– ( site ) um museu que documenta a história do montanhismo na região e tem uma mostra especial relativa a Edward Whymper o primeiro alpinista que escalou a Matterhorn em 1865.


Matterhorn Museum
foto:www.panoramio.com

IGREJA PAROQUIAL DE SÃO MAURÍCIO – esta igreja anglicana foi construída no século 19, com a finalidade de atender os alpinistas ingleses que vinham fazer escaladas na região. Esta localizada na praça da cidade.


Igreja Paroquial de São Mauricio

PRAÇA PRINCIPAL - A praça da cidade é cercada de casas históricas e em seu centro possui uma simpática fonte que é adornada por uma escultura que retrata diversas marmotas.


Praça Central - escultura das marmotas


Praça Central - escultura das marmotas


Praça Central - escultura das marmotas

Como a finalidade principal de ir a Zermatt era para ver neve, chegando ali obtive informações que poderia subir até o topo da montanha Gornergrat (3.089 m), pois ali havia neve. Era mês de Junho, ou seja, pleno verão europeu.

GORNERGRAT


O acesso à montanha Gornergrat é feito pela ferrovia Gornergrat, um passeio de 29 minutos para o pico em trem com sistema de cremalheira, ou seja, é tão inclinada a subida, que utilizam este sistema que consiste em “uma esteira de dentes metálicos” existente no centro da linha do trem que se encaixa com outra “ esteira de dentes metálicos” instalada na parte externa do piso do trem, e que dão a segurança para o trem seguir montanha acima, e no caso da descida, controlar a velocidade e oferecendo assim a devida segurança.


Estação e trem de Gornergrat


Gornergrat - detalhe da cremalheria na linha do trem

No topo da montanha, próximos da estação, há um hotel e um restaurante, além de um pequeno centro comercial que oferece o atendimento aos turistas que ali se hospedam ou somente sobem para passar algumas horas apreciando a vista.


Hotel no pico da Gornergrat

O topo da Gornergrat oferece vistas espetaculares da Matterhorn, de geleiras e do Maciço do Monte Rosa (o pico mais alto da Suíça), mas infelizmente como estava com muita neblina, foi possível avistar somente as geleiras e um vislumbre do Maciço do Monte Rosa, quanto a Matterhorn..... nada. Mas minha esperança não havia acabado, pois ficaria até o final do dia em Zermatt, no entanto, o clima estava ficando cada vez mais frio e nublado.

Informações sobre a viagem de trem entre Zermatt e Gornergrat podem ser obtidas no site clique aqui


Gornergrat


Gornergrat


Gornergrat


Gornergrat


Gornergrat


Gornergrat


Gornergrat

Gornergrat

Aconteceu um fato engraçado, e poderia ser cômico se não fosse trágico, para meu bolso...... Uma das coisas que se deve fazer na Suíça, quando se utilizada o passe de trem Swiss Pass, é sempre verificar se o trem em que você embarcará tem a tarifa abrangida pelo pacote do passe, principalmente quando se trata de trens na região dos Alpes, ou seja, os panorâmicos, que em geral não constam do pacote do Swiss Pass. Eu descobri isto, no susto, e foi assim:

Quando cheguei a Zermatt me informei sobre o horário de saída do próximo trem para Gornergrat e no horário estabelecido estava devidamente instalado no trem. Como disse anteriormente, na Suíça você chega, embarca e quando o trem já está em movimento é que aparece o fiscal para conferir o bilhete. Quando a fiscal chegou eu apresentei o passe Swiss Pass e ela educadamente me disse que a viagem do trem para Gornergrat não estava abrangida pelo passe. Então perguntei “Quanto devo pagar?”, ela me disse o valor em francos suíços, equivalente a 105 euros, em resumo foi um valor próximo de 400 reais (levando-se em conta o câmbio da época) para subir e descer a montanha !!!!!!!!!... Gente eu fiquei paralisado com a informação sobre o valor, ah! Detalhe: ainda tinha que ser em dinheiro.... a sorte é que eu sempre que viajo, por precaução tenho dinheiro de sobra na carteira. Naquele momento a única parte de meu corpo que se movimentou momento foi as mãos para tirar meu “suado dinheirinho” da carteira e pagar as passagens.

É claro que viajei alguns minutos em estado de choque, mas depois pensei “Vão-se os anéis e ficam os dedos, vamos apagar este episódio e curtir o passeio!”.

Mas digo que no final das contas valeu a despesa, pois o passeio foi ótimo e a vista é magnifica.


Paisagem na descida do trem de Gornergrat


Paisagem na descida do trem de Gornergrat - cidade de Zermatt ao fundo


Paisagem na descida do trem de Gornergrat - cidade de Zermatt ao fundo

Depois da visita a Gornergrat desci para a cidade de Zermatt, e fiquei circulando por ali até o horário de retornar. Foi muito bom ter passado aquelas horas ali, vendo vitrines, comendo guloseimas e curtindo o clima alpino. E a todo o momento olhando para os lados da Matterhorn.

Já quase no horário de me dirigir para a estação e pegar o trem de volta a Zurique, eis que de repente, vejo as pessoas que vinham na minha contramão, olhando e apontando para o que estava às minhas costas e sacando máquinas fotográficas, quando olho para trás, olha quem deu o ar da graça: A MATTERHORN...... mas foi uma coisa tão rápida, que só deu tempo de sacar a máquina da bolsa e fazer a foto que publico. Mas valeu a pena, ao menos não voltei frustrado por não ter dado pelo menos uma espiada na principal atração de Zermatt.


Centro de Zermatt com Matterhorn ao fundo - bem longe mas está lá...rs.rs.rs...


Matterhorn ao fundo - pico nevado

Finalizo por aqui meu relato a respeito da Suíça, se você acompanhou as publicações anteriores, viu que tive a oportunidade de conhecer Zurique, Genebra, Montreux, Lausanne, Lucerna e Zermatt. Mas há muito e muito mais a conhecer no país, lugares belíssimos e diferentes. Sempre que leio algo a respeito da Suíça, penso “tenho que voltar para fazer outra super viagem para lá!”.... e assim será !!

Um abraço,

Benevide




Paisagem na subida para Gornergrat


Arredores de Zermatt


Paisagem na subida para Gornergrat